Primeiramente,
há de se corrigir e verificar um dos chavões mais repetitivos da militância
esquerdista (“Não vai ter golpe”) como uma iniciação para este breve texto, com
o objetivo de resumir a ação puramente constitucional do impeachment e resumir
a necessidade do procedimento. Tudo é um emaranhado de informação que,
provavelmente, com a linha de pensamento esquerdista predominando no âmbito
acadêmico, terá de ser defendido pelas massas reacionárias por um
extensivíssimo período de tão frágeis temperamentos. Houve golpe de estado? A
ex-presidente possui completa lisura? E quanto aos condutores do impeachment? A
alienação percorre as massas opositoras ao governo, ou pelas massas pró-petismo?
Se houve
golpe de estado, o único golpe que poderia ter sido levantado seria o do
próprio PT contra a hegemonia popular e à verdadeira democracia. Uma vez que,
passando pela reeleição de Dilma em 2014, podemos abstrair de toda a sua
campanha, um financiamento que partira de empreiteiras por meio de propina das
grandes estatais, que serviram como instrumento privado do Partido dos
Trabalhadores como despontado pela operação Lava Jato.
“[...]Segunda
maior empreiteira do país, a Andrade-Gutierrez[...]”;
“Em 2014, a empresa informou ter doado R$ 20 milhões para o comitê da campanha de reeleição Dilma. Deste montante, metade (R$ 10 milhões) teria como origem a participação da Andrade Gutierrez em contratos de obras públicas. Não está claro se a doação feita foi para ao comitê de campanha ou ao Diretório Nacional do PT.
“Em 2014, a empresa informou ter doado R$ 20 milhões para o comitê da campanha de reeleição Dilma. Deste montante, metade (R$ 10 milhões) teria como origem a participação da Andrade Gutierrez em contratos de obras públicas. Não está claro se a doação feita foi para ao comitê de campanha ou ao Diretório Nacional do PT.
Segundo Azevedo, a
propina que abasteceu a campanha tinha origem em contrato para execução de
obras no Complexo Petroquímico do Rio, na usina nuclear de Angra 3 e a
hidrelétrica de Belo Monte, obras que estão entre as dez principais do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), principal cartão da administração petista.”[1]
Indícios de
que teriam sido utilizadas verbas de obras superfaturadas na campanha da
ex-presidente não faltam, e, como se esse não fosse um dos menores fatos
aleatórios que o esquema lulo-petista tem acometido o país de forma abissal,
podemos compreender ainda, tanto pelos áudios há muito revelados pelos grampos
do Juiz Sérgio Moro, dos depoimentos de Lula a respeito do STF (“...todo
acorvadado...”[2]),
que nos apontam o que, afinal? Que, pelo menos de onze ministros do SFT teriam
sido nomeados pelo PT justamente para favorecer Dilma nos processos de anistia
após as pedaladas fiscais.
“Com exceção de
Gilmar Mendes, dos outros dez ministros, três foram escolhidos por Lula:
Ricardo Lewandowski, Cármen Lucia e José Dias Toffoli. Sete estarão na conta de
Dilma: Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso e os três
nomes que ela ainda vai escolher. Dilma ainda poderá substituir outros três
ministros em 2018: Lewandowski, Rosa Weber e Zavascki. Eles terão de se
aposentar no último ano de mandato da presidente.”[3]
E ainda que
não esteja claro que a compra de ministros e a nomeação de cargos diretamente,
pelos membros do Partido dos Trabalhadores, não seja uma tática membra do
processo de institucionalização da corrupção, creio que ainda esteja precisando
compreender uma chave mestra nas necessidades do impeachment. Então, por meio
do emparelhamento quase por completo do estado, das estatais, de empreiteiras,
pode-se dizer que o Partido dos Trabalhadores estabelecera uma Cleptocracia, ou
seja, um projeto de perpetuação no poder de forma ad infinitum. Caso a “presidenta”, representante do partido criador
do Foro de São Paulo, que mantinha relações diretas com as organizações
narco-terroristas traficantes (as FARC) se mantivesse no poder, o atualmente
retirado partido teria permanecido inexoravelmente.
Outro golpe
de estado efetuado pelo PT, e este é de descalabro internacional às chacotas
das democracias sérias, fora a tentativa de nomeação de Luiz Inácio Lula da
Silva para ministro. Uma vez que garantido ao sujeito o direito ao foro
privilegiado, faria com que o mentecapto pudesse se evadir das operações
coercitivas da polícia federal, evitando por vês sua prisão, e acobertando
diversas compras ilícitas de patrimônio imobiliário com dinheiro público. Que
maravilha de democracia!
***
Somente na
mentalidade esquizofrênica petista pode-se compreender que uma manifestação de
cerca de seis milhões de pessoas às ruas poderia ter sido movimentada por um
golpe de estado elitista, enquanto as militâncias pró-petismo, em grande parte,
dispuseram de seu benefício à sua clássica e jocosa nominação de “mortadela”,
pelo recebimento de uma quantia de trinta reais de dinheiro público (com os
quais os civis comuns e trabalhadores arcam) e ainda sendo transportados
ilicitamente por transportes pertencentes ao serviço público, como as notórias
ambulâncias do Samu.
Gabriel Silva
Corrêa Lima
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