segunda-feira, 25 de abril de 2016

Esquizofrenia Democrática do PT




Primeiramente, há de se corrigir e verificar um dos chavões mais repetitivos da militância esquerdista (“Não vai ter golpe”) como uma iniciação para este breve texto, com o objetivo de resumir a ação puramente constitucional do impeachment e resumir a necessidade do procedimento. Tudo é um emaranhado de informação que, provavelmente, com a linha de pensamento esquerdista predominando no âmbito acadêmico, terá de ser defendido pelas massas reacionárias por um extensivíssimo período de tão frágeis temperamentos. Houve golpe de estado? A ex-presidente possui completa lisura? E quanto aos condutores do impeachment? A alienação percorre as massas opositoras ao governo, ou pelas massas pró-petismo?


 Se houve golpe de estado, o único golpe que poderia ter sido levantado seria o do próprio PT contra a hegemonia popular e à verdadeira democracia. Uma vez que, passando pela reeleição de Dilma em 2014, podemos abstrair de toda a sua campanha, um financiamento que partira de empreiteiras por meio de propina das grandes estatais, que serviram como instrumento privado do Partido dos Trabalhadores como despontado pela operação Lava Jato.
                                                                                             
“[...]Segunda maior empreiteira do país, a Andrade-Gutierrez[...]”;
“Em 2014, a empresa informou ter doado R$ 20 milhões para o comitê da campanha de reeleição Dilma. Deste montante, metade (R$ 10 milhões) teria como origem a participação da Andrade Gutierrez em contratos de obras públicas. Não está claro se a doação feita foi para ao comitê de campanha ou ao Diretório Nacional do PT.
Segundo Azevedo, a propina que abasteceu a campanha tinha origem em contrato para execução de obras no Complexo Petroquímico do Rio, na usina nuclear de Angra 3 e a hidrelétrica de Belo Monte, obras que estão entre as dez principais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal cartão da administração petista.”[1]

Indícios de que teriam sido utilizadas verbas de obras superfaturadas na campanha da ex-presidente não faltam, e, como se esse não fosse um dos menores fatos aleatórios que o esquema lulo-petista tem acometido o país de forma abissal, podemos compreender ainda, tanto pelos áudios há muito revelados pelos grampos do Juiz Sérgio Moro, dos depoimentos de Lula a respeito do STF (“...todo acorvadado...”[2]), que nos apontam o que, afinal? Que, pelo menos de onze ministros do SFT teriam sido nomeados pelo PT justamente para favorecer Dilma nos processos de anistia após as pedaladas fiscais.

“Com exceção de Gilmar Mendes, dos outros dez ministros, três foram escolhidos por Lula: Ricardo Lewandowski, Cármen Lucia e José Dias Toffoli. Sete estarão na conta de Dilma: Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso e os três nomes que ela ainda vai escolher. Dilma ainda poderá substituir outros três ministros em 2018: Lewandowski, Rosa Weber e Zavascki. Eles terão de se aposentar no último ano de mandato da presidente.”[3]

E ainda que não esteja claro que a compra de ministros e a nomeação de cargos diretamente, pelos membros do Partido dos Trabalhadores, não seja uma tática membra do processo de institucionalização da corrupção, creio que ainda esteja precisando compreender uma chave mestra nas necessidades do impeachment. Então, por meio do emparelhamento quase por completo do estado, das estatais, de empreiteiras, pode-se dizer que o Partido dos Trabalhadores estabelecera uma Cleptocracia, ou seja, um projeto de perpetuação no poder de forma ad infinitum. Caso a “presidenta”, representante do partido criador do Foro de São Paulo, que mantinha relações diretas com as organizações narco-terroristas traficantes (as FARC) se mantivesse no poder, o atualmente retirado partido teria permanecido inexoravelmente.

Outro golpe de estado efetuado pelo PT, e este é de descalabro internacional às chacotas das democracias sérias, fora a tentativa de nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para ministro. Uma vez que garantido ao sujeito o direito ao foro privilegiado, faria com que o mentecapto pudesse se evadir das operações coercitivas da polícia federal, evitando por vês sua prisão, e acobertando diversas compras ilícitas de patrimônio imobiliário com dinheiro público. Que maravilha de democracia!


***

Somente na mentalidade esquizofrênica petista pode-se compreender que uma manifestação de cerca de seis milhões de pessoas às ruas poderia ter sido movimentada por um golpe de estado elitista, enquanto as militâncias pró-petismo, em grande parte, dispuseram de seu benefício à sua clássica e jocosa nominação de “mortadela”, pelo recebimento de uma quantia de trinta reais de dinheiro público (com os quais os civis comuns e trabalhadores arcam) e ainda sendo transportados ilicitamente por transportes pertencentes ao serviço público, como as notórias ambulâncias do Samu.


Gabriel Silva Corrêa Lima


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