quinta-feira, 26 de maio de 2016

Críticas ao AnarcoCapitalismo

Muitos vem criticando o Anarcocapitalismo devido a primeiras impressões equivocadas ou preconceitos em relação ao liberalismo e anarquismo bem como suas correntes de pensamento derivadas. Aqui criticaremos com argumentos conservadores os pilares que os anarcocapitalistas usualmente emergem, ou seja, sua base filosófica que guia posicionamentos políticos, econômicos e jurídicos. O objetivo desse artigo é somente relatar, criticar e propor a reflexão ao leitor - a conversão se mostrará voluntária para qualquer lado.
O Anarcocapitalismo parte sempre do indivíduo para diferir o que é certo ou errado em qualquer âmbito, percebendo a verdade do ambiente no qual o ser humano vive com base na razão. A filosofia, por sua vez, tenta compreender a realidade a partir da reflexão que não necessariamente se aproxima do entendimento do próximo, tendo que haver acordos (podem interpretar como contrato) de ambas as partes para o convívio saudável. Se uma pessoa necessita da cooperação do próximo, sendo que o princípio de não agressão precisa ser um valor mútuo, o capitalismo surge advindo das trocas voluntárias em nome do benefício de todas as partes e respeito incondicional à propriedade privada. Portanto a sociedade se desenvolverá assim sem a intervenção de uma entidade como, principalmente, o Estado. Esse conjunto de condições não podem ser violados, fazendo alusão a uma utopia por conta da ingenuidade da maldade humana.
Immanuel Kant
A fragilidade desta base filosófica vem de Immanuel Kant, ele dizia que as ações humanas deveriam ter algum fundamento que pudesse ser compartilhado por todos, independente de suas visões de mundo particulares, indicando que a razão seria prática, autolegisladora e universal. Kant considerou como ponto de partida para sua teoria moral a ideia de que somos seres racionais, dignos, livres e vivenciando perene o conflito entre o dever e as inclinações. E, neste ponto, afastou-se a tese aristotélica da felicidade, bem como o fundamento do utilitarismo de Jeremy Bentham, seu coetâneo (KANT, 1785). A moral, segundo o filósofo, se justifica no respeito à dignidade da pessoa como fim em si mesma (SANDEL, 2011). Logo, não devem ser considerados elementos estranhos à dignidade tais como: posição social e econômica, beleza física, dentre outros - será que isso poderia acontecer? Os ensinamentos de Kant são usualmente refletidos nos argumentos dos anarcocapitalistas, porém como o transcendentalismo da ética do dever pode se manifestar entre todos os seres humanos?

Um pilar fundamental de qualquer anarquismo é a educação padronizada e bem utilizada dentre todos os membros de uma sociedade sem a necessidade de hierarquias sociais, cada um seria autônomo no sentido de identificar e realizar bem a sua posição social. Um professor, por exemplo, não poderia ensinar nada que não fosse previamente estabelecido pela coletividade ou que não fosse de interesse do aluno, comprometendo então a ordem natural anárquica se uma vez não houvesse respeito à razão durante o fluxo de aprendizado. O que faríamos se alguém não conseguisse viver em sociedade? Seria moral o afastamento de um indivíduo do anarquismo se ele fosse considerado uma propriedade e não cumprisse com a sua função?
Sem maiores confusões sobre ética, a palavra moral decorre do latim mos, mores que também significa maneira de se comportar regulada pelo uso, ou seja, costumes (ARANHA; MARTINS, 2014). A ética estuda ou pode se classificar como fatos morais locais, atos que influenciam na vida das outras pessoas de uma comunidade. Já que vivemos em uma sociedade alheia ao ambiente hostil, é histórica a necessidade do ser humano em se agrupar em grupos sociais, afirmando a tese de Aristóteles sobre o animal político, pois ele necessita de segurança de acordo com a clássica Pirâmide das necessidades de Maslow.
Stuart Mill
O pensamento utilitarista poderia supor que devemos analisar as consequências dos atos a serem julgadas pelas leis rígidas do ambiente, ficando livres de relativizações que beneficiariam injustamente alguém, não importando a legitimidade dos agentes envolvidos, ou seja, as intenções explícitas ou implícitas. O argumento referido pressupõe de uma moral objetiva, um conjunto de costumes culturais que divergem o certo do errado, sendo a ética uma ferramenta filosófica para sua investigação eterna em nome do seu constante aprimoramento. Ou seja, ações coercivas somente ocorrerão se forem provados atos ilícitos anteriormente, tendo sua punição proporcional - surgindo o primeiro serviço do Estado: não impunidade.
entendedores entenderão
Ao juntarmos a lógica deste artigo com a linha de raciocínio defendida em "O Estado e seus intelectuais", os costumes e experiências criam a moral e a cultura (conjunto de fatos morais) no longo prazo por si só, emergindo o Estado de maneira espontânea para prover serviços fundamentais à sobrevivência dos seu(s) grupo(s) social(is) nos quais se agruparam voluntariamente (certo) ou coercitivamente (errado), em ambas maneiras é necessária a arrecadação econômica; para a sobrevivência da nação. O governo, em contrapartida, é um grupo de representantes diretos ou indiretos de toda a população que deveria realizar serviços à ela, havendo uma separação entre as Instituições e os membros que as ocupam, configurando-se, por fim, o Estado e o governo respectivamente.

O princípio universal de não agressão, quaisquer que sejam estas, não se sustenta a partir do momento em que o indivíduo pode violar leis naturais para conseguir o que deseja, não obstante o Estado seria o agente responsável pela justiça por reconhecer em sua República tais leis. Todavia o jusnaturalismo, advindo da filosofia Kantiana, é ingênuo no sentido que "o direito é independente da vontade humana", porque ninguém seria obrigado a defendê-los, vigiá-los, aprimorá-los ou garanti-los por contrato se não houvesse o governo. Caso seja privado, defenderá apenas uma propriedade que estaria alheia à guerra de possíveis inimigos.

O governo pode ser imoral, o Estado não. Se o objetivo do segundo é garantir sua própria sobrevivência, o lucro ou o abuso de poder dos governantes são imorais tanto quanto o não cumprimento das leis por parte do indivíduo cidadão. A política gosta de dissimular os fatos e definições da realidade, mas os serviços públicos não correspondem (ou deveriam corresponder) a clientes diretos como, por exemplo, a defesa das fronteiras contra uma nação inimiga.

O Estado jamais será um indivíduo ou um grupo de representantes, mas sim todos os grupos sociais que são representados por Instituições. O Estado não é eterno porque a sociedade não é eterna, ela se adapta conforme o sistema econômico capitalista. Na concepção de sociedade utilitarista, cada indivíduo poderia fazer o que quisesse desde que não interferisse na felicidade do outro, feito a liberdade.

Os maiores defensores do AnarcoCapitalismo são jovens que reinterpretam obras de determinados autores para se sentir bem na sua busca por pureza rápida. Devo alertar sobre a capacidade que a esquerda possui em relativizar a verdade como bem relatamos semanalmente na página do Movimento Indolista. Por favor, compreendam os argumentos aqui abordados na próxima vez que tentarem criticar um conservador. Não estou impondo ninguém a aderir à lógica.

Obs.: Não sou dono da razão, por favor procurem saber e refletir sobre o texto. Não citei todas as fontes, nem perderei mais tempo aqui citando-as.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

O fascismo da Ideologia de Gênero e Ana Paula


Parece-nos que a revolução cultural subliminar, tal como é pregado pelo gramscismo, é realmente efetiva onde num país há um desequilíbrio ideológico-partidário exorbitante no cenário congressista e a população encontra-se em estado de bipolarização e confusão política sem precedentes em nosso século. São vistas todos os dias, em nossos cotidianos, tentativa de incutir, a todo custo, uma relativização de valores sob o pretexto do politicamente correto, sempre infestado de um ataque às tradições judaico-cristãs que nos formam, sempre disfarçado de multiculturalismo.

Prega uma ramificação do marxismo cultural, a ideologia de gênero, um ideário relativista em relação à sexualidade, desafiando todas as normas e signos da lógica de formação familiar e psicológica, compreendendo que o “gênero”, seria mero feito da “construção social”, ou seja, a família, as instituições de ensino e demais comunidades, obrigam os sujeitos a serem meninos e meninas, fazendo com que eles estabeleçam no decorrer de sua vida, um papel exigido pela sociedade, e não pelos seus genes. Essa ideia investe numa tentativa de igualdade dos sexos, fazendo com que cada indivíduo identifique-se com o que bem desejar. Como se uma criança e um adolescente compreendessem bem o que desejam de forma independente e sem influência ou auxílio das famílias tradicionais, que não comportam a ideologia de gênero em sua rotina - principal razão pela qual ela é incessantemente tentada nas escolas, um ambiente distante dos pais.

Como defende Roger Scruton em um célebre artigo intitulado “Refutando o radicalismo feminista e a ideologia de gênero”[1], utilizando de uma argumentação também defendida pelo antropólogo Lionel Tiger, de que as condições dos sujeitos de sexos opostos em sociedade não seriam determinadas pelas comunidades, mas sim por uma questão genética e plausível dentro do contexto evolutivo:

“ [...] em vez disso, os milhões de anos de evolução que formaram a nossa espécie fizeram-nos o que somos. Você pode fazer os homens fingirem ser menos dominantes e menos agressivos, você pode fazer com que eles finjam aceitar um papel submisso na vida doméstica e uma posição de dependência na sociedade. Mas, no fundo, no fluxo da vida instintiva que é a masculinidade em si, eles irão revoltar-se. A infelicidade dos homens, Tiger argumenta, vem deste profundo e inconfessado conflito entre faz-de-conta social e necessidade sexual. E quando a masculinidade finalmente explodir – como inevitavelmente acontecerá – será em formas distorcidas e perigosas, como as gangues de criminosos da cidade moderna ou a misoginia arrogante do malandro urbano.”

Este trecho é plausível de grande credibilidade por tratar também a questão da crise de identidade que sofreriam as vítimas agredidas pela igualdade de gênero. Devido a uma supressão de suas faculdades naturais, os “homens” teriam de suprir uma necessidade natural em atividades que lhes despontassem em uma autoridade forçada (um outro proveito dos divulgadores da ideologia: o aproveitamento de uma massa revoltada com um “sistema” inconcluso). Portanto, tal ideologia somente agrega mais problemas que soluções à nossa educação e desenvolvimento enquanto seres ocidentais. É nativamente defendida sempre para que a engenharia social de controle político seja algo possível.
Fascismo é igualdade! Mas não igualdade alcançada por meio da concessão de oportunidades e esforços independentes, mas sim de uma regulamentação estabelecida por alguma entidade de maior porte que deseja formar arquétipos de seres ao seu uso maquinal. A ideologia de gênero, tentada sob todas as formas de ser infiltrada nos veículos de comunicação e métodos de ensino, é uma vertente do Fascismo.

Como se já não bastasse que o politicamente correto tivesse se impregnado na mentalidade de uma parcela significativa da população brasileira, há sempre a questão a respeito da divulgação ou proibição da ideia. Ela várias vezes tem sido abordada em comerciais, filmes etc..
Uma propaganda atual não fez diferente, algo do comércio de vestuários da C&A. Em que se mostram homens e mulheres, naturalmente, experimentando um vestuário que não são esteticamente adaptados aos seus respectivos gêneros[2], com o slogan “Misture, Ouse e Divirta-se”, estabelecendo um padrão de igualdade entre os sexos, e mais uma vez incutindo o fator da ideologia de gênero, nocivo à formação familiar e de identidade.

Todavia, é certo que grande parte da população brasileira, hegemonicamente cristã e com valores sólidos e seculares, não compreenderia a mensagem (com razão) com bons olhos, sendo motivo para o aparecimento de ícones como a cantora gospel Ana Paula Valadão,[3] criticando o roteiro e a mensagem principal. E, como famosa representante cristã da arte gospel, mostrou-se incisiva e implacável em suas investidas. No entanto, como já mencionado repetidamente, que está impregnada a questão do politicamente correto engajado, havendo uma inversão de valores, maus interlocutores compreenderam como uma crítica ao vestuário, como se fosse um ataque discursivo à estilística das roupas. Beira o absurdo o analfabetismo semântico com o qual os brasileiros visam os textos do cotidiano, fruto sempre da velha e letárgica doutrinação marxista.


Gabriel Silva Corrêa Lima

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Paciência X Tolerância - Contra o Caos Social

O maior paradoxo do século XXI é o desafio que o cidadão comum tem de lidar diariamente com tanta complexidade e velocidade dos fatos, o que nos remete ao debate da Paciência X Tolerância por conta da necessidade de se simplificar tudo para que o grande público final (talvez ignorante) compreenda. A coerência, adquirida por amplas experiências e estudos, é o maior freio da hipocrisia e sua consequente ingenuidade, algo bastante desejado hoje pelos liderados que não se sentem mais representados por quase ninguém, seja na política ou em outras esferas da vida - mas como conseguir interpretar bem as reais intenções das pessoas e líderes diante da atual crise brasileira para que haja a retomada também da confiança no próximo?


A maioria do povo brasileiro entende que há um princípio de proporcionalidade na natureza, que é um pilar da justiça intrínseco a absolutamente tudo. Se você é governante e desrespeita a lei, será julgado juridicamente. Se você assassina alguém, será julgado penalmente. Se você fura a fila, senta no banco preferencial sem poder, paga propina para funcionário corrupto ou consome produtos piratas; você deve ser julgado e depois punido na mesma proporção dos seus atos de acordo com a lei em nome da ordem pública, e não das suas intenções. Se fosse para amenizar os danos ou a punição em nome da boa vontade, por que a pessoa faria qualquer ato se não fosse de seu interesse atingir algum resultado a princípio?

Esse argumento utilitarista induz à seguinte frase: crime ou corrupção não se compara, se pune! Obviamente precisamos respeitar o princípio da inocência, porém, quando se trata de profissionalismo, pouco importa os valores ou a moral dos agentes: o resultado tem que acontecer. Como a justiça, bem como a democracia e a liberdade dependem da vigilância pública eterna para suas respectivas eficácias e existências, sabemos que a imperfeição é parte fiel da realidade. Sendo assim, a fragilidade que todo posicionamento político possui, inclusive o neutro, emerge a necessidade de um herói chamado conhecimento absoluto, o que a América Latina se habituou a chamar de autoridade - infelizmente pela sua falta de paciência.

Sendo cada vez mais pragmático, a isonomia é outro fator fundamental para a saúde de uma república: apesar de sermos naturalmente diferentes, devemos ser tratados de forma igual perante a lei independentemente de quem sejamos na sociedade, portanto apenas as nossas responsabilidades espelhadas por nossas ações diárias são capazes de nos qualificar, guiadas usualmente por um senso individual. Pois bem, a atual crise brasileira e a falta de credibilidade (confiança) conjunta nos deixou num debate profundo e inútil sobre a ética, um substantivo investigativo das práticas culturais que atuam como um remédio social, sucumbindo talvez o lado ruim do ser humano. Em contrapartida, a falta de unificação dos movimentos e grupos sociais consequente da marginalização da verdade não auxilia em nada na melhoria da vida que o povo tanto clama, o inimigo oficial se chama relativização moral.

O que estamos vivenciando é um reflexo da revolução cultural gramsciniana, que surgiu das práticas perversas da esquerda brasileira em dividir para reinar no intuito de implantar um socialismo bolivariano via populismo, destruindo a moralidade nacional pela completa falta de coerência proposta pela paralaxe cognitiva e sua imensa necessidade de emergir argumentos através da dualidade, ou seja, pensamentos anti-construtivistas e utópicos atraentes. O papel dos conservadores é promover a farmácia popular, alguém que segue tal posicionamento deve compreender esses fenômenos políticos e intervir somente quando necessário em nome da paz social, pois é inegável que a harmonia é fraca perante o conflito, sendo as regras institucionais, criadas e testadas durante séculos, a maior ferramenta da direita de rigidez sobre cumprimento das leis e proporcionadora da melodia, cuja validez se daria pela simplicidade das interpretações dos intelectuais. Então não é preciso dizer quem é o real responsável pela crise brasileira.

Os jovens e adultos imaturos/inexperientes, apressados como sempre serão, procuram sempre uma matéria pura para admirar ingenuamente e recebem punições da verdade por não entender o papel que fazem ao se posicionar de determinadas maneiras dentro de uma sociedade, é claro que as pessoas conservadoras serão taxadas de inimigas "intolerantes" quando é justamente o contrário. A mera tentativa de imposição é uma arrogância aos princípios liberais, a resistência somente é justificável se for sempre útil à sociedade, sendo esta construída através de sua cultura advinda da moral tradicional que somente os conservadores querem respeitar e não pela impaciência ou indignação seletiva dos vermelhos. Portanto um comportamento agressivo jamais parte da intolerância, mas sim da falta de prudência - ambos valores presentes somente na esquerda.

As intenções das pessoas são apenas um material de curiosidade, os fatos e os diálogos construtivistas efetivos são os fatores que conseguem definir a realidade e a verdade fielmente. Isso pressupõe que a diversidade deva ser estimulada e sadiamente preservada, sempre abaixo da vigilância pública eterna em nome da ordem social. O mundo nunca será perfeito, nosso objetivo é que ele seja tolerável e sustentável.

terça-feira, 10 de maio de 2016

A vitória do Foro de São Paulo

É claro que exemplificar esses relances políticos é tarefa para os que se dispõem a atentar-se à lama, e é claro que a parcela mais conservadora e liberal da população brasileira com certeza compreendeu superficialmente o que vem acontecendo com os políticos que parecem ser representantes de uma causa direta. Dilma: socialismo. Cunha: opositor canalha, um “malvado favorito”, Temer: “um mal necessário e mais ameno que Dilma”. Isso vem circulando a mente inclusive dos manifestantes das causas anti-PT (taxados erroneamente de direitistas, como se ser “de direita” no Brasil fosse já ser contrário ao PT).


Não se pergunta ou compreende mesmo quais são as organizações responsáveis pelos “trâmites” no congresso e no STF além dos partidos de esquerda. Não se cogita o Foro de São Paulo ou mesmo como o partido dos trabalhadores mantém aliança há tanto tempo com países como Cuba, Venezuela e organizações militantes revolucionárias diversas, feito as FARC. E foi justamente pelo Foro de São Paulo que Lula, Fidel Castro e Frei Betto[1], puderam manter relações intrínsecas para a reestruturação mínima do globalismo e do socialismo latino-continental.[2]

Agora, se você não compreende o emparelhamento do estado e da esfera de poder do executivo, STF, pelo PT, com a escolha de onze de treze membros específicos que serviram de anistia à Dilma no processo das pedaladas fiscais e abstração de grande parte de verba das grandes estatais do país, você não compreende que estamos passando por uma época de “Juristocracia”, onde os membros do executivo (STF) decidem por liminares os processos de punição e anistia dos membros do legislativo. Cunha sofreu a liminar de Teori Zavasky a fornecer a entrada de Waldir Maranhão (PP), favorável ao governo Dilma.

As investidas de Waldir no processo de anulação do processo de impeachment serviram meramente como atraso às ultimas etapas de votação unânime, e ainda, a saída de Cunha, permitiria com que o Foro de São Paulo e militâncias específicas da extrema-esquerda pudessem se fortificar novamente, pelo fato de que Cunha estava investindo em um processo de ruptura às “pautas-bomas”. Que são projetos de lei que possuem a finalidade de ajustes fiscais e salariais, com o bloqueio de novas formas de arrecadação que dificulta o processo econômico de auto-regulação, sofrendo o processo de intervenção estatal, e para que surtam esses processos, o aumento do imposto de renda progressivo) que é uma das ferramentas verificadas para o auxílio a um populismo socialista assistencialista que caminha em viés ao socialismo-lenista-marxista) o Foro ficaria mais uma vez fortificado, sem alguém para o “barrar” ou desvelar sua omissão, já que Cunha fora evadido.

As últimas reuniões marcadas por Renan Calheiros (PMDB) prosseguirão com o processo de impeachment da presidenta, no entanto, como fora já expresso: sai a Dilma por uma porta, entra o Foro de São Paulo por outra. E, portanto, já com o pensamento gramscista hegemônico no setor executivo, dificilmente Waldir Maranhão sofrerá uma retirada pouco dificultosa, rendendo ainda mais problemas ao governo de Michel Temer e também as pautas estabelecidas pela base aliada pró-impeachment, que procuram visar o livre-mercado e um processo de desburocratização de nossa economia de forma gradual.

Dentro do congresso nacional, enfim, não há quem desmonte, repito, as “pautas-bomba”, absolutamente fundamentais para que o Foro prosseguisse com suas ações. O Brasil, enquanto não compreender que é dirigido por uma organização globalista, com planos internacionais, comunistas, e que o fato de Cunha ser corrupto não o isentava de sua importância no congresso, mais uma vez fortificará o PT. E as decisões do Supremo são embasadas em uma, repito também, “juristocracia”, ou seja, o poder executivo estabelece quais serão os segmentos e chapas aliadas e opostas ao governo no segmento legislativo. E com o pensamento gramscista-marxista dominante no STF, dificilmente, nossa situação governamental de república será remediada.

Gabriel Silva Corrêa Lima




[2] https://www.youtube.com/results?search_query=o+que+%C3%A9+o+foro+de+sp+Olavo 

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A neutralidade do professor pela lei


Já estamos passando pelo estigma da doutrinação ideológica demarcada pela infiltração esquerdista que se intensificara, nas épocas do regime militar, no âmbito universitário, midiático e artístico, demonstrando a fraqueza e inabilidade política dos militares, que desviaram sua atenção para a atividade administrativa, que, sem compreender outros empecilhos, agregara cada vez mais vagas ao ensino universitário, sem visar o que havia dentro de seu currículo e literatura dominantes.
Formam-se professores com um grau de informação histórica capaz de exemplificar um arquétipo de sátira do docente, uma figura limitada, capaz de cometer gafes consideradas verídicas pelos órgãos educativos e sua regulamentação e metodologia pedagógicas (LDB 9.394 e sócio construtivismo são exímios exemplos), resumindo-se em propaganda histórica marxista, anti-americanista, politicamente-correta etc. Exemplos não faltam: A alegação falsa a respeito de uma idade média completamente defasada cientificamente[1], falhas em explanações a respeito da economia, como a crise de 29, provocada pela intervenção estatal e concessão de crédito que favorece o meta-capital, todavia, o liberalismo é o sujeito considerado culpado pela quebra da bolsa daquela época, considerando a Mais-valia (tópico marxista há muito refutado pelo Cálculo Econômico)[2] e mais outras asneiras típicas das grades curriculares quotidianas.

Como se não bastasse também que a influencia do educador (considerando os que a possuem no ambiente das escolas públicas estaduais e municipais, aonde o modelo pedagógico freiriano vem deteriorando todo o processo de aprendizagem decente, resumindo o professor em um papel somente de orientador) [3]. O papel do docente deve preceder à educação produtiva, e, claro, visar o aprendizado para a formação de profissionais e seja focada nisso essencialmente. A apresentação da opinião alheia na posição de educador, sendo supostamente influenciador, pode atrapalhar o educando na leitura de documentos diversos e de várias vertentes ideológicas. Exemplos de professores que efetuam propaganda marxista nas escolas não são raros.

A apresentação do material imparcial, alheio à ideologia, pode ser uma alternativa para que os estudantes busquem determinadas informações em documentos diversos, pertencentes à diversas correntes ideológicas distintas, sem sofrer a influência de uma determinada e optar pela unilateralidade de seus argumentos conforme um fetiche pessoal.

E, como motivo deste artigo, comenta-se de forma polêmica um recente projeto de lei aprovado no estado de alagoas, na terça feira (26) do mês de abril de 2016, de autoria do, Ricardo Nezinho (PMDB - AL), que prevê punição ao professor que expressar sua opinião própria relacionada a temas como política, religião, etnia etc. [4].

Gera-se polêmica quando se toma os termos da “liberdade de expressão”, que já vêm se tornado chavões por todo o tipo de propaganda ideológica. E obviamente, educadores manifestaram tanto apoio ao projeto, quanto indignação. E devemos compreender que, sob o ponto de vista de que possuímos problemas ocasionados pela doutrinação ideológica massiva junto à propaganda histórica secularista no âmbito da docência, esse projeto parece-nos bastante vantajoso. Mas ainda possui um raio de atuação restrito ao estado de Alagoas, então ainda podemos observar quais são os efeitos de sua aplicação.

Todavia, há de se apreender uma complicação que seja motivo de empenho para demais indagações a respeito da rotina do educador. Este terá de se deparar com a variedade documental em diversos pontos do aprendizado, poderá ele estar correto ou incorreto com relação à determinada explicação? Poderá ele apresentar materiais extracurriculares de opinião diversa? Como será mantida a imparcialidade sendo que, nos cursos superiores já há toda uma motivação gramscista por determinadas ideologias?

Ricardo Nezinho argumenta:
                 
"É fato notório que professores e autores de livros didáticos vêm se utilizando de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos estudantes e determinadas correntes políticas e ideológicas; e para fazer com que eles adotem padrões de julgamento e de conduta moral – especialmente moral sexual – incompatíveis com os que lhes são ensinados por seus pais ou responsáveis".

Para conferir o projeto na íntegra: http://ricardonezinho.com.br/?p=14027.
No item VII do projeto, está expressa a importância da educação familiar precedente à escolar: “direito dos pais a que seus filhos menores recebam a educação moral livre de doutrinação política, religiosa ou ideológica”.

No artigo 2º é expressa a necessidade de contermos a doutrinação ideológica dos docentes: “É vedada a prática de doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória, de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único pensamento religioso, político ou ideológico”.

Segundo Arquidiocese de Maceió, representante dos movimentos pró-família Contra a Doutrinação Escolar argumenta:
“O empoderamento do relativismo destrói os valores familiares e, ultimamente, tem investido pesadamente nas escolas para atingirem as crianças e adolescentes em formação do seu caráter“.


Analisemos uma carta enviada pelo professor Igor Mascarenhas, opositor ao projeto, em contato com Pragmatismo Político:

Caríssimos, sou professor da educação básica, de Fortaleza-CE.

Estou indignado com o que aconteceu em Alagoas, onde professores estão sendo calados numa atitude fascista da Assembleia Legislativa de lá.
Não podemos aceitar isso!

Calar professores é gravíssimo e um primeiro passo para a retirada de outros direitos relacionados à livre expressão e pensamento.

Gostaria que vocês tirassem um pouco do seu tempo e apoiassem a causa da liberdade de expressão do profissional da educação na sala de aula, que não doutrina e sim, ensina a desconstruir visões de mundo clichês, tradicionais e a construir uma visão crítica da realidade que os cerca.

Ajude-nos com sua influência e penetração nas redes sociais.

Não podemos deixar as escolas, que deveriam ser o berço da democracia e da cidadania, transformarem-se em reduto fascista.

É como disse Darcy Ribeiro: “A crise da educação no Brasil não é uma crise, é um projeto”.
Por favor, peça aos seguidores de sua página que tirem fotos como a que vou colocar em seguida, para sensibilizar a opinião pública e a esquerda para esse assunto tão sério. ”.

Podemos abstrair uma série de chavões que são adquiridos justamente com o parco ensino universitário. Compreendendo-a em sua introdução, verificamos que há uma tomada dos chavões da “liberdade de expressão”, que vincula como se esta pudesse ser uma chave para que o professor possa ser influenciador de mentes menos informadas de um determinado segmento político e ideológico. A tomada por “fascista” não leva em conta a doutrinação marxista que vem sido promovida nas escolas à décadas, a formar um país onde a esquerda é praticamente hegemônica. E ainda o indivíduo autor da carta afirma que o professor não doutrina, mas fundamenta uma visão mais crítica da realidade. E qual visão seria essa, que é crítica? A do aprendiz desinformado que possui aquilo como fonte? A do professor singular que possui determinados padrões de ideias e emparelha sua disciplina para reproduzi-las?

Freirianos e relativistas irão se queixar, mas o rumo que o reacionarismo vem tomando é de grande adesão, e surtirá efeitos significativos.

Gabrie Silva Corrêa Lima