segunda-feira, 21 de março de 2016

O Poeta Indolista - A lógica do aborto

Cegue, tape, vede e escureça,
não de fenda aos olhos frustrados,
mas, à vida, o termo esqueça,
olhos rijos em prazeres degelados.

De mutações celulares, de uma avessa
vida moralista, são levados,
antes que o crânio o mundo endureça
a vida de pares apressados.

Que há de vida nessa incerteza
em que lhe pôs este mundo maquinal?
E ainda há de ver tanta pureza

que passa ao nervo desumano.
Nalgum ato de escória pútrida abissal,
antes ser o nada a ser humano.

Gabriel Silva Corrêa Lima

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